terça-feira, 17 de novembro de 2009

Deus me perdoe!

Eu jamais pensei que chegaria nesse ponto. Eu pensei que com o mundo todo isso pudesse acontecer, menos comigo.

Tu não tens nada, nada a ver com isso. Somos nós. Seres que complicam tanto as coisas.

O fato é: estou de saco cheio da igreja. Se disso depender meu futuro, estou ferrada. Não suporto mais o fato de nos ensinar a sinceridade, a autenticidade e dentro da própria igreja as pessoas viverem uma falsidade. Nós dizemos querer te copiar, mas vivemos dentro de uma bolah com sorrisos falsos e choros presos.

Desculpe Deus, eu sei que vivi durante anos nesse esquema, eu não culpo as pessoas, eu as compreendo. Mas... isso me irrita profundamente. Me irrita a falsidade que as pessoas vivem e me empurram a viver.

Eu acredito que o imortante é ser feliz! E eu vou atrás disso. Eu desejo ser feliz!

Essas pessoa estão me inojando, meu estômago reclama, se contorce. Estou de saco cheio. Quero um mundo livre, quero pessoas autenticas perto de mim. Quero pessoas que busquem uma vida que realmente lhes dê prazer.

Então Deus, sinto muito. Perdoe-me mesmo, mas não acretido que exista solução para isso.

Enquanto insistirmos em transparecer algo que não somos nosso destino será esse.

Enquanto corrermos atrás de aparências a convenção chamada igreja está falida.

Eu não sou melhor do que ninguém, ainda tenho minhas máscaras.

Hoje entendo alumas coisas... perdoar não é difícil, esquecer jamais.

Enquanto isso bate e rebate dentro de mim. Eu naõ sei o que fazer, se me afasto, se me aproximo.

Eu não quero um mundo colorido, só queria um mundo autêntico, só queria um mundo onde não tivesse que me esconder, um mundo onde pudesse mostrar o que realmente sou.

O mundo talvez seja querer demais, mas se pelo menos a igreja conseguisse tal façanha já seria um adianto.

Deus, mais uma vez suplico sua compreensão, não te vejo como um Deus falso, então não quero ser falsa. Se tu mesmo não tiveste medo e vergonha de nos dizer que sentia falta de amor, que se sentia carente de relacionamento, quem sou eu pra achar que o melhor é não ser autêntico.

Leitores me perdoem, abri aqui meu coração.



Jackie



PS. Ah, Deus, esqueci de falar, isso não muda nada entre a gente. Não altera nosso relacionamento. Eu te amo e isso é certo! Anseio por compartilhar todas as minhas experiências contigo.

sábado, 14 de novembro de 2009


SE EU PUDESSE
Danuza Leão



Acordei hoje pensando que, se eu pudesse, mudava minha vida toda; não que ele esteja ruim, mas só para ver que ela poderia ser diferente.



Me desfaria de muitas coisas: da minha casa e de quase todas as roupas. Afinal, quem precisa de mais de dois pares de sapato, dois jeans, quatro camisetas e dois suéteres, sobretudo quando está mudando de vida?



Se eu tivesse jóias, enterrava todas elas na areia da praia para que um dia alguém enfiasse a mão na areia, brincando e tivesse a felicidade de encontrar um colar de brilhantes.



Seria lindo, não? Das garrafas de champanhe guardadas cuidadosamente na horizontal, daria para abrir mão, sem nenhum remorso; champanhe, além de engordar, não passa de um espumante metido a alguma coisa e nem barato dá, de tão fraquinho que é.



Dos vinhos, mais fácil ainda. É um tal problema ter vinhos em casa, abrir a garrafa e descobrir que viraram vinagre, que se acaba chegando a conclusão de que nada melhor do que uma boa vodca, com a qual sempre se pode contar.





E as amizades? Aliás, as amizades não: as relações. Ah, se tivesse coragem rasgava o caderno de telefones e fazia outro, só com nome das pessoas que estão guardadas dentro do coração. Aliás, para essas nem precisaria de agenda.



Se, pudesse, seria vegetariana, passaria as noites em claro e teria muito amor por todos os bichos e pelas crianças. Mas como não gosto de bichos (só de gatos) e não tenho nenhuma paciência com crianças, a não ser as minhas, vou ter que atravessar a vida levando essa pesadíssima cruz; afinal, ficou combinado que de certas coisas não se pode não gostar, e se não gostar, não se pode dizer.



Se pudesse, me transformaria numa pessoa sem passado e sem futuro; iria para um lugar esquisito onde não entenderia a lingua do povo, ninguém entenderia a minha e ninguém conseguiria me fazer sofrer, pois a capacidade de sofrer é um bem pessoal e intransferível.



Seríamos todos, assumidamente, estranhos, como somos no edifício onde moramos, no local de trabalha, dentro da nossa própria família. Ou você pensa que as pessoas se conhecem só porque se telefonam e jantam juntas?



Se eu pudesse, acordaria hoje de madrugada e sairia descalça, só com um casaco em cima da pele, e iria molhar os pés na água do mar, sozinha. E depois ia tomar café num botequim, em pé, como fazem os homens.



Se eu pudesse, faria uma linda fogueira com meus casacos de pele para saber como vivem os que não têm, nunca tiveram nem nunca vão ter nenhum. E aproveitando o embalo, cortaria os fios de telefone, jogaria o celular na tela da televisão e o computador pela janela.



Se eu pudesse, rasparia a cabeça, fumaria dois cigarros ao mesmo tempo e tomaria vodca dupla, sem gelo, num copo de geléia. E pegaria uma tesourinha para picar os talões de cheques, cortar os cartões de crédito, carteira de indentidade, o CPF e o passaporte, sem pensar um só instante nas consequências, e sem um pingo de medo do futuro. E jogaria no lixo meus lencóis, meus travesseiros de pluma, meu edredom, e engoliria minhas pestanas postiças, só para aprender que a vida não é isso.



Se eu pudesse, esqueceria do meu nome, do meu passado e da minha história, e iria ser ninguém.



Ninguém.



Pois é, tem dias que a gente acorda assim; mas passa.














sábado, 7 de novembro de 2009


O amor não é dono de si. O amor não escolhe nada;


Não escolhe ao menos os pares certos para se amarem.


Talvez a vida tenha que realmente ser assim, pois desde que eu me conheço por gente que eu vivencio isso.


Quantas vezes eu ja vi e vivi casos que não havia uma correspondencia no amor.


Alguém me disse que amor é uma escolha.


O amor Ágape pode até ser.


Mas o amor entre homem e mulher é totalmente acidental e sem controle.


O amor não tem regras de tempo e espaço pra acontecer.


É possível se dormir amando e acordar odiando.


É possível sim estar 50 anos juntos e totalmente apaixonados.


No quesito amor tudo é possível e nada é proibido.


Quem por mais tempo não é maior do que quem ama por uma noite.


Não adianta fingirmos que não será assim...


Porque é isso e nunca mudará.


E nesta área eu prefro a verdade SEMPRE.


Não queri estar com alguém sem amar.


Não quero que estejam comigo se amor.


Prefiro sofrer horrores a ter alguém do meu lado que não queria estar aqui.


E você ainda quer continuar sendo enganada?





Jackie