segunda-feira, 29 de junho de 2009


"Um covarde é incapaz de demostrar amor,

isso é privilégio para os fortes."

Mahatma Gandhi


Dentro da religião esconde-se as verdadeiras sombras. Fui criada numa igreja tradicional, meus pais ávidos por seguirem um cristianismo "santo" sempre exigiam de mim o exemplo para todos os outros e nessa "santidade" demonstrar fraqueza estava fora de cogitação.


O amor, no cristianismo neopentecostal, é pregado como algo que precisamos ter para a salvação, mas na vida diária, não é vivido e por muitas vezes é sinônimo de fraqueza. É claro que ninguém admitirá isso, mas a verdade é essa, e eu afirmo porque vivi pessoalmente esta realidade.


Hoje já não penso e tento não viver como antes. Eu quero demostrar amor, eu quero ser e mostrar que sou frágil a necessidade do meu próximo.


Meu coração anseia em abraçar o que está triste, em chorar com aquele que chora.


Antes eu achava "bobo" dizer eu te amo toda hora, hoje eu acho que o ser humano precisa disso.


Antes, quando eu conhecia alguém sentimental eu o chamava de fresco, hoje eu acho que ele é mais feliz do que eu com esse meu coração de pedra.


Muita coisa me ajudou nesse processo de mudança, muitas pessoas me ensinaram isso.


A frase acima de Gandhi foi uma delas, a Érica, minha cunhada, foi outra, muito especial, ela é super carente e demostra sempre muito afeto e também demostra quando precisa de afeto. Em outras épocas eu a chamaria de fraca, hoje eu a admiro, eu aprendi com ela a abraçar, a sorrir para os amigos, a acariciar o carente, a dizer sempre o quanto as pessoas são importantes pra mim, a repetir inúmeras vezes "Eu te amo", "Você é especial pra mim".


Tenho tentado cada dia ser menos covarde e demostrar mais o que eu sinto, afinal de contas, qual o problema em admitir que amo você? Qual o problema em me entregar para as pessoas, mesmo com a certeza de que um dia me frustrarei?


Quero ser forte o suficiente para sempre que eu quiser dizer, sem medo:"EU AMO VOCÊ"!