terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Eu devo ter sido uma ex-mulher ou mãe solteira muito "do mal" na minha outra encarnação ou o Divino insiste em querer me ensinar alguma coisa que ainda não aprendi.

Não gosto de situações que despertem o mal dentro de mim, porém algumas vezes ela são inevitáveis.

Fazia tempo que eu não chorava, ontem eu chorei.

Chorei a miséria de ser esse ser humano que tenta se livrar de si mesmo e não consegui. Ontem eu desejei que alguém morresse e não disfarcei pra Deus (nem dá). Eu não tento me enganar, dizendo que sou por toda boa pessoa, tenho meus momentos de ódio, como todo ser humano.

E, por mais que adormeça o leão que tem dentro de mim, uma hora ou outra, alguém joga uma pedrinha e ele acorda e, acorda furioso por tido seu sono atrapalhado.

Eu questiono o por que existe o mal e o bem. Nunca tive uma resposta contentadora.

Hoje, meu coração está pesado por ontem, mas o que fazer? Eu me pergunto.

Tem coisas que são inevitáveis.

Quando eu ler isso daqui uns anos eu sei que eu vou me recordar exatamente do que estou dizendo. Espero já ser madura o suficiente pra apenas sorrir e pensar como eu era boba.

Enquanto isso, nada de farsa, nada de mentira. Essa sou eu e vão (vou) ter que engolir.






Jackie

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Se hoje eu pudesse definir meu dia com uma palavra, seria: triste.

Eu queria tanto entender por que você junta tudo, tudinho e de repente explode. Por que você se preocupa com o que não tem que se preocupar e constantemente duvida do meu amor.

Eu queria entender porque o nosso amor é tão bonito e ao mesmo tempo dói tanto. Queria entender tanta coisa. Queria entender porque o cósmo e as pessoas fazem de tudo pra nos separar. Por que a felicidade de nos ver assim, destruídos.

Eu estou tão triste com tudo que você me disse. É como se uma faca estivesse cravada no meu peito nestas últimas horas. Eu nem lembro como tudo começou, mas sei como as coisas acabaram. E posso imaginar como elas ainda acabarão.

Talvez tenha que ser assim mesmo. Talvez não é pra ser ou é. Quem poderá dizer. Não vou simplesmente colocar a culpa no destino. Nós fazemos nossas escolhas. Nós decidimos nossos caminhos.

Ontem eu decidi chorar. Hoje eu escolho remoer e deixar doer.

Só queria que você soubesse que por mim não era pra ser assim...



Jackie

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Quero escrever porque me faz bem. Escrever porque é como se a minha melhor amiga fosse eu mesmo e escrevendo eu recebo seus conselhos. Escrever pra deixar as emoções saírem de mim e irem de encontro comigo mesmo. Porque escrevo pra mim mesmo.

É como um fogo que arde, falta-me ar e as vezes falta-me as pernas. O juízo foi embora no dia em o amor me possuiu. Logo eu, quem diria. Eu corri dele, como o Diabo foge da cruz. Mas ai tem uma hora que não da mais.

E as consequências são essas. Noites sem sono. Insegurança. Medo. Um nó na garganta. Uma dor no estômago. Uma perda de apetite.

Sabe quando você tem o controle de tudo nas mãos? Então, isso não é quando está amando. Quando se ama é como andar numa corda bamba ou pular de paraquedas pela primeira vez. A gente não sabe como se equilibrar e nem onde vai dar. A gente tem que fechar o olho e pular. E isso, na prática, é doloroso.

Mas o poeta diz que é infeliz quem não tem alguém pra amar. Ele deve sabe do que está falando. Eu ainda não sei. Mas, por vezes, tenho minhas dúvidas! Esse danado machuca muito.

É claro que tem seus momentos bons! Ah, ser amada é tão gostoso. Te a pele de quem se deseja junto a sua é tão especial e único. Os beijos com amor são mais quentes e queimam a alma. As tardes de chuva se tornam gostosas. As noites passam rápidas. Saber que em algum lugar alguém pensa em você. Que alguém deseja sua presença. Ter um amigo pra compartilhar o bom e o ruim. Alguém pra te aguentar de TPM. Pra te ver nos dias que você se senti poderosa.

Ter alguém pra compartilhar a vida! Hum, que gostoso.

Acho que o poeta tem razão: só feliz quem tem alguém pra amar.



Jackie (mais apaixonada que nunca)

sábado, 16 de abril de 2011

" Atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença."


Clarice Lispector

quarta-feira, 9 de março de 2011


Existem várias dores...


Machucar...


Bater...


Morrer...


Mas a saudade é a dor maior!




E, mais dolorida ainda,


é a saudade de quem se ama!


Da pele.


Do cheiro.


Do beijo.


Da presença.


Da ausência.




Quando o amor acaba,


Pra quem fica amando,


Sobra saudade!




Saudade de não saber.


De não saber o que ocorre


Com quem se ama...




Saudade de não saber.


Não saber o que se fazer


Com os dias longos que sobram!




É enterrar o pensamento


Em coisas vãs...


Saudade é chorar ou sorrir


Numa música...


Saudade é o silêncio


Da ausência.


É não saber...


É querer saber...


Saudade... é o sempre doer!




Saudade é um pouco como fome.


Só passa quando se come a presença.


Mas às vezes a saudade é tão profunda


Que a presença é pouco:


Quer-se absorver a outra pessoa toda.


Essa vontade de um ser o outro


Para uma unificação inteira


é um dos sentimentos mais urgentes


Que se tem na vida.



Clarice Lispector


sexta-feira, 4 de março de 2011

" Me perco, me procuro e me acho.

E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar." Clarice Lispector



As coisas acontecem quando elas têm que acontecer. Através de minhas poucas experiências sinto que a Vida me direciona sempre para um caminho, como se uma coisa levasse a outra. Se eu tivesse assistido Comer, Rezar, Amar uns dias antes do dia que assisti o efeito teria sido outro. Li algumas críticas negativas sobre o filme, na boa, não entendo por que as pessoas ainda esperam que filmes sejam fiéis 100% à livros; pra mim as pessoas não viveram ainda (ou não viverão) o que a autora viveu e por isso não entendem muitas coisas. Me sinto muito feliz de perceber que em tão pouco tempo (28 aninhos) eu aprendi muito sobre a vida. Uma das coisas que aprendi é que sempre tenho muito o que aprender, nunca sou a dona da verdade absoluta, vezes acho que 2+2 é igual a 4 e por outras tantas eu dou a vida dizendo que 2+2 é igual a 5. Estar preparado para esse vai e vem, essas mudanças na vida me trazem um equilíbrio imenso e uma facilidade grande de não odiar ninguém e quando não estou preparada faço como Clarice: enlouqueço e deixo rolar. Desde os meus 11 anos de idade eu acredito em Deus, com meus 13 anos eu tive uma experiência que muito marcou minha vida ao ler o livro Conhecer Jesus é Tudo de Alejandro Bullon, simplismente comecei a ter um relacionamento com alguém que eu não via, mas que me fazia sentir muito bem. Vivi mais de dez anos numa religiosidade cega, porém em constante evolução, uma vez que sou bicho birrento e não me conformo em apenas seguir as regras que me ditam, fui atrás ano após ano de acreditar realmente naquilo que eu vivi e isso só me rendeu benefícios. Assisti filmes, li livros, reportagens e opiniões, visitei lugares, passei por experiências, conversei com pessoas que pensam diferente de mim e hoje me sinto muito feliz. Como a autora do livro fiz uma "viajem" a procura daquilo que não sabia que me faltava e hoje me sinto plena. Aos 16 anos, ainda religiosa me casei e como boa cristã me dediquei ao marido, aprendi as coisas de casa, mas não desisti da minha busca, existia algo a mais e eu estava disposta a encontrar. Fui mãe aos 20 anos, criei uma filha que não era minha por seis anos, uma experiência que me rendeu muito aprendizado e frutos que hoje colho com prazer. Mas, a minha viajem começou mesmo aos 25 anos, quando resolvi terminar meu casamento e me encontrar. Até então eu tinha vivido o que me diziam que era o correto, agora eu tinha sede de encontrar o meu correto e assim foi. Conheci pessoas muito diferentes, pessoas mais novas, pessoas mais velhas, pessoas que curtiam rock, pessoas que curtiam samba, pessoas que liam, pessoas que não estudavam, pessoas pacatas, pessoas ousadas, pessoas com muito recursos, pessoas sem nada. Descobri, depois dos meu 25 anos, o prazer de comer, hum (longo suspiro) e como isso é gostoso. Experimentei, sem medo, tudo que me veio a frente e que nunca tinha comido. Comida japonesa, árabe e várias saladas e carnes que nunca tinha tido coragem. Descobri o prazer de estar em casa sozinha, cozinhar algo que gosto e comer junto com um vinho ouvindo músicas que gosto. Descobri o prazer de sair a noite e caminhar por São Paulo, como se o mundo fosse meu e brindar a liberdade que tenho. A parte mais difícil foi me entregar ao amor, porque o medo de perder o equilíbrio ou as rédeas da minha vida era muito grande e com certeza o danado do amor me atrapalharia. Mas, não muito demorado pensei:"Oras bolas Jackie, se der tudo errado novamente é só começar mais uma vez. Não seria esse medo de se arriscar que me nos põe a perder muitos prazeres e alegrias na vida, que por me livre dos males também me impede de viver muitos bens?" E ai eu me joguei. Eu não procurei ninguém pra me completar ou pra me dar algo que eu precisasse. Eu simplismente estava andando num certo caminho, muito feliz por sinal, e ai, encontrei outro alguém no caminho, que seguia na mesma direção e ele disse:"que tal caminharmos junto" e eu respondi: "por que não?". Pode ser que em algum momento ele ou eu resolva mudar o caminho e o outro não queira mais acompanhar, pode ser que caminhemos juntos até o fim das nossas vidas, quem sabe? As pessoas mais interessantes chegam aos 40 anos sem saberem ao certo o que querem da vida. Equilíbrio. Um dia de cada vez. Respeito. Amor próprio. Música. Comidas. Família. Prazeres. Amigos. Tudo isso se chama vida. A vida não se tornou perfeita desde então, mas posso assegurar que sou feliz. Ainda me perco muito, ai me procuro e me acho. E quando necessário eu simplismente enlouqueço e deixo, literalmente, deixo rolar.Coma, Reze, Ame!
Jackie

sábado, 26 de fevereiro de 2011


Pela primeira vez eu tive vontade de escrever sobre isso:



Eu estou amando, rs.


Porque todo dia eu acordo e a primeira coisa que faço é procurar você na cama.


Porque eu adoro ouvir seu bom dia e ver seu lindo sorriso.


Porque eu passo o dia morrendo de saudades e querendo te ver logo.


Porque seu cheiro me deixa paralisada e ouvir sua voz faz meu coração acelerar.


Porque eu penso em como seria um filho nosso.


Porque eu sei o quanto você é lento, manhoso e dependente e mesmo assim eu quero morrer ao seu lado.


Porque não consigo mais me ver e não te ver.


Porque eu adoro quando você faz café da manhã e coloca sertanejo pra eu ouvir, rs.


Porque eu não consigo ficar sem ouvir você no pé do meu ouvido dizendo que me ama.


Porque não tem mais graça nenhuma dançar forró com outra pessoa.


Porque você é o único moreno que cheira meu cabelo e beija meu cangote, rs.


Porque você ri de tudo parecendo uma criança.


Porque eu nunca te vi mal humorado.


Porque eu escuto músicas de amor e só penso em você.


Amo, porque amo ué, não é assim que o amor deve ser?


Amo você Re.






Jackie






sábado, 19 de fevereiro de 2011


A vida passa muito rápido.


" Não tenho tempo para lidar com mediocridades.


Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.


Não tolero gabolices.


Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.


Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.


Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.


Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.


Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo".


Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.


Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos."


Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.


Quero viver ao lado de gente humana, muito humana.


Que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge da mortalidade e defende a dignidade dos marginalizados.


Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar esse amor sem fraudes. Nunca será perda de tempo.


O essencial faz a vida valer a pena. "



. . .